Assim como ‘Babel’ ou ‘Crash’, o longa-metragem espanhol ‘Adú’ também brinca narrativamente com diferentes histórias, personagens e situações para construir sua narrativa. De um lado, o garoto que dá nome ao longa-metragem, que se vê obrigado a sair de Camarões. Há, também, um espanhol ajudando na guarda de uma reserva. E, por fim, um grupo de militares que se envolvem na morte de um refugiado. Assim, nessa mistura, o cineasta Salvador Calvo versa sobre infância, humanitarismo, família, amizade e outras coisas mais. É uma trama simples, mas que se vale desse cruzamento de histórias para aumentar sua amplitude, justificar a produção com assinatura espanhola e tentar dar um ar mais complexo para o que é contado por Calvo. Sem dúvidas, dá para se emocionar com as idas e vindas da sofrida vida do garotinho Adú -- ainda que o diretor exagare no tom às vezes, como na cena da queda do avião. Além disso, nada consegue justificar as histórias paralelas, principalmente do guarda interpretado por Luis Tosar. São apenas brancos tomando histórias e protagonismos de negros.
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